setembro 16, 2006

TEORIA DA SUCESSIVIDADE - PARTE I



Contra a vã Curiosidade - Não procures o que excede a tua capacidade, nem procures penetrar o que está acima de ti.
Aplica-te àquilo que te for ordenado, e não te ocupes em coisas impenetráveis.
Não te obstines em busca daquilo que te ultrapassa,
pois já te foi mostrado mais do que o ser humano pode compreender.
Muitas são as opiniões dos homens, e as más imaginações conduzem ao engano.
Sem pupila falta a luz
e sem conhecimento, a Sabedoria.

(ANTIGO TESTAMENTO – Eclesiástico)


O ARTISTA DAS DUAS MIL E QUATRO FACES

Serão os seres humanos, meras formas idealizadas e criadas pela imaginação de um artista, sábio, louco ou intransigente? Formas estas rodeadas por uma tridimensionalidade de espaços e realidades palpáveis ou ficcionadas. Será a realidade existente, uma realidade uniforme? Ou várias realidades paralelas, consoante os olhos de quem a apreende? Ou ainda, realidade com a qual ele nos acostumou? Serão os seres humanos, tão simultaneamente iguais e diferentes, fruto da sua individualidade, criadores do seu pensamento e actos? Ou seremos apenas o reflexo do seu sonho de um dia… E o Universo é apenas o cérebro desse artista que nos sonha e conduz, através dos séculos.
O acesso à verdade será impossível? Como sairíamos nós de uma mente que nos controla cada sopro de vida?
Afinal, quem é esse artista das 2004 faces que nos sonhou e que "connosco" arquitectou toda uma musicalidade e tridimensionalidade de estilos, pensamentos, ideias épocas, sociedades, envolvências, ilusões entretenimentos de tempos diferentes? Quem é esse artista de séculos e séculos, que ousou transcender-se ao ponto de se conceber a si próprio, que misteriosa e procriadora força esta de fusão de formas que deambulam em tempos e espaços comuns e alheios, de acordo com um limite de vida. Ousará um dia algum Ser Humano através da ciência, libertar-se deste cérebro, na tentativa de alcançar a Verdade? Ao fazê-lo, estaria a auto destruir-se? Há verdades que devem permanecer adormecidas para o próprio bem da Humanidade
O artista das 2004 faces, é talvez, a mente mais perfeita, do universo criador. Essa mente costuma ter um nome...e o seu nome é Deus.
Solo

1 comentário:

mac disse...

Não gosto de pensar que sejamos "um mero código de barras, com prazo de validade inscrito", como já alguém disse...nem seja que o ser humano tenha de aplicar-se àquilo que lhe foi ordenado. Onde está a ambição? Onde está o discernimento humano? Onde está a nossa livre escolha? Não somos meros fantaches...