janeiro 14, 2007

O Dificil papel da Arte

“O especifico da arte é exprimir, não representar.
Se cada época, cada estádio da história ou da sociedade se caracteriza por um estilo, formas artísticas, uma sensibilidade particular, é porque ela tem por função essencial e eterna contar o mundo, e porque ela é segundo zola, um recanto de criação visto atraves de um temperamento.”

M.R.MICHEL

Penso que hoje a arte tem cada vez mais a missão de intervenção e de nos fazer reflectir, as emoções passam a fazer parte de um plano racional, através do qual a complexidade do pensamento do artista se debruça na construção de métodos, na procura do abstracto. A plasticidade dos trabalhos passa por conjugar a ciência e os contributos que esta nos dá, com a tecnologia. Na verdade, a pintura tradicional de cavalete morreu. Desde a era do impressionismo, o artista tem vindo a sentir necessidade de exprimir não o real, mas sim, a complexidade do seu pensamento em interacção com a sociedade predominante. As preocupações estético-formais e o avanço sempre foram procurados, como podemos ver através do trabalho dos cubistas, futuristas, dadaístas, etc, e todos aqueles que de certa forma perspectivaram horizontes mais abertos, e que viviam à frente da sua época. Actualmente e cada vez mais a arte se socorre de toda e qualquer fusão inimaginável de meios, materiais e (matérias), onde tudo é permitido. Mas obrigatório, é justificar. Na minha opinião, a tarefa mais árdua e corajosa da arte é sem dúvida, fazer o casamento dos meios com a intervenção, quer a nível social, como político, como os cientistas, avançando e fazendo a mudança das mentalidades, pois a arte também tem a missão de nos tornar um pouco melhores, e apresentar as infuncionalidades da sociedade.
solo

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